segunda-feira, 30 de abril de 2012

Estoril Open: Aquecimento para grande terça-feira

Os quadros principais do Estoril Open arrancaram hoje sem grandes surpresas. Tanto no lado masculino como no feminino, os principais candidatos avançaram, com destaque para as vitórias de Denis Istomin, Robin Haase, Roberta Vinci e Nadia Petrova. O sol foi uma constante ao contrário do público, que não afluiu ao Jamor em grande quantidade.

No primeiro dia de competição no Jamor, o jogo cabeça-de-cartaz do dia de hoje foi entre  o uzbeque Denis Istomin e o francês Paul-Henri Mathieu, outrora 12º classificado da hierarquia mundial mas que caiu a pique no ranking devido a uma lesão no início do ano passado. O encontro começou com intensidade mas Istomin, o quinto cabeça-de-série, mostrou a sua superioridade sobre o enferrujado Mathieu e venceu com os parciais de 7-5, 6-1. Na próxima ronda, segue-se um tenista luso - o vencedor do encontro de amanhã entre Gastão Elias e João Sousa.

Quem também jogou no Court Central e ganhou foi Robin Haase e Roberta Vinci. O holandês, que se apresenta como um outsider à vitória final, derrotou, sem quaisquer dificuldades, o italiano Simone Bolelli por 6-3, 6-1. A compatriota de Bolelli, a jogadora mais cotada no quadro feminino, Roberta Vinci, teve muito trabalho mas conseguiu vencer o seu encontro da primeira ronda. Do outro lado da rede esteve a russa (que quer assumir a nacionalidade portuguesa) Nina Bratchikova, que ainda assustou Vinci, mas sem conseguir terminar o encontro com sucesso, perdendo com os parciais de 6-1, 1-6, 6-4.
 
Seis tenistas lusos em acção amanhã

Neste feriado do 1º de Maio, o Jamor promete estar cheio de espectadores para apoiar a avalanche portuguesa no Court Central. A primeira a pisar o grande palco será Maria João Koehler, que vai ter pela frente a japonesa Ayumi Morita, número 77 do WTA Tour. Às 14 horas, chega o primeiro confronto cem por cento português. Rui Machado vai disputar com Pedro Sousa um lugar na segunda ronda frente ao campeão em título, Juan Martin Del Potro. Depois da primeira batalha nacional, Frederico Gil inicia a sua campanha no court onde tem tantas boas memórias. O alemão Bjorn Phau será o primeiro adversário de Gil, num jogo que todos os portugueses esperam ver pender para o lado do nosso Fred. Para terminar o dia, a segunda batalha nacional, desta feita entre os jovens João Sousa e Gastão Elias, que reeditam o duelo do ano passado exactamente na primeira ronda.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Escândalo na NFL - Jogadores eram pagos para lesionar adversários

Depois de mais de 18 mil documentos terem sido investigados, os responsáveis da NFL chegaram à conclusão de que um sistema de prémios financeiros (bounty program) esteve em curso nos New Orleans Saints, pelas mãos de Gregg Williams. Na base deste sistema estava a atribuição de prémios financeiros aos jogadores defensivos que lesionassem com sucesso os seus adversários. Um verdadeiro escândalo, que mancha a história do desporto americano.

Foi antes do primeiro jogo dos Saints nos Playoffs desta época que se chegou à conclusão de que era preciso investigar-se quando as suspeitas ganharam força. Assim, durante os playoffs e o final da época, foi confirmado que de facto existia um sistema, coordenado e orientado por Gregg Williams, que tinha como fundos o dinheiro dos jogadores. Quem concordasse entrar no sistema colocava o seu dinheiro num fundo e passava a ser elegível para ganhar o dinheiro do fundo. As provas indicam que este sistema estava montado desde 2009, ano em que, curiosamente, os New Orleans Saints conquistaram o Super Bowl. Williams estaria a tentar tornar a defesa mais agressiva e contou com um número de entre 22 a 27 jogadores envolvidos. Os prémios estavam metodicamente organizados por escalões, que separavam o tipo de lesões conseguidas pelos defesas. Por exemplo, uma placagem que fizesse o jogador sair de maca valia mil dólares, enquanto que pôr um adversário fora o resto do jogo valia mil e quinhentos dólares.

No entanto, mais chocante ainda é o facto de que certos jogadores eram mesmo tornados alvo a abater. No vídeo abaixo, podem ouvir palavras do próprio Williams aos seus jogadores, onde incentiva constantes agressões à cabeça para causar traumatismos a jogadores como Frank Gore ou Kyle Williams e placagens aos joelhos para provocar roturas de ligamentos a Michael Crabtree, por exemplo. Todas estas atitudes eram premiadas e nas pistas descobertas foi possível verificar-se que Brett Favre, Aaron Rodgers, Cam Newton, Jay Cutler, Gabe Carimi, todos foram jogadores com alvos colocados na cabeça, joelhos, tornozelos, cujas lesões davam direito a prémios. O pior é que Brett Favre, por exemplo, foi constantemente placado de forma exagerada e perigosa no NFC Championship Game, altura em que todas as suspeitas começaram a surgir. Depois de terem esmorecido, finalmente a verdade veio à tona.
Castigos duros para Williams e companhia

Quando tudo foi descoberto, Roger Goodell, o Comissário da NFL, teve a mão muito pesada e aplicou dos maiores castigos que a liga, que já existe há 92 anos, já viu. Gregg Williams tem uma suspensão indefinida, enquanto Sean Payton, o treinador principal dos Saints, foi acusado de tentar esconder o esquema e suspenso durante toda a próxima temporada, tornando-se assim no primeiro treinador principal a ser suspenso pela NFL. Mickey Loomis, o general manager dos Saints ajudou Payton no encobrimento e foi suspenso oito jogos, sendo ainda suspenso o treinador adjunto Joe Vitt por seis jogos. A organização também sofreu e os New Orleans Saints foram multados em quinhentos mil dólares, tendo também de renunciar às escolhas de segunda ronda nos drafts de 2012 e 2013. Para os jogadores envolvidos, as sanções ainda não foram conhecidas por ainda estarem a ser deliberadas pela associação de jogadores.

Ficam com o vídeo que ilustra muito bem tudo o que Williams engendrava.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

NBA - "where amazing (and awful) happens"

Chegou a existir a verdadeira possibilidade de a NBA não arrancar este ano, mas, mesmo que tenha sido encurtada por causa do lockout, a temporada tem dado muito que falar e tem prendido os seus fãs. Desde equipas veteranas de quem não se esperava muito a equipas muito novas de quem se esperava ainda menos, têm sido várias as surpresas, tanto pela positiva como pela negativa.

As boas surpresas

Indiana Pacers - a grande surpresa da temporada. Para fazer uma simples comparação com o ano passado, os Indiana Pacers terminaram a época de 2010/2011 no oitavo lugar da conferência Este, o último de acesso aos Playoff. Este ano, embora a fase regular ainda não tenha terminado, os Pacers estão num impressionante terceiro lugar. Trata-se de mais uma equipa muito jovem, liderada por um treinador irreverente como Frank Vogel, e que está, finalmente, a atingir o seu potencial. Com Danny Granger a realizar mais uma época muito consistente e a ser a peça mais importante de Indiana, os Pacers têm visto jovens jogadores a subir muito o seu rendimento. Exemplo disso é a produção de Paul George, George Hill e Roy Hibbert. Aliado a esse facto estão as contratações muito pertinentes de Leandrinho Barbosa e David West, que vieram dar a experiência que faltava aos Pacers.

San Antonio Spurs - foram muitos os experts a riscar os Spurs das suas listas de equipas perigosas para esta época. As razões para isto? Um plantel supostamente velho, já com pouca energia, sem capacidade para jogar de igual para igual com equipas como os Heat, Bulls ou Thunder. Mas a verdade é que Tim Duncan e companhia estão a fazer mais uma época de grande nível, surpreendendo tudo e todos, tendo 45 vitórias para apenas 16 derrotas. O veteraníssimo treinador Gregg Popovich continua a dar cartas com uma gestão fantástica do seu plantel, fazendo coexistir os 'antigos' Tony Parker, Manu Ginobili e Tim Duncan com jovens valores como Kawhi Leonard, DeJuan Blair e Tiago Splitter. A grande questão prende-se com a frescura física dos três jogadores mais influentes para os Playoff, mas a sua experiência fala mais alto nestes momentos e são uma equipa muito perigosa para a oposição.

As más surpresas

Minnesota Timberwolves - depois do período de reconstrução por que os Timberwolves tiveram de passar, era geral o entusiasmo para ver como iria ser a temporada desta equipa. Como é sabido, o burburinho pela chegada de Ricky Rubio era muito. E o jovem espanhol não desapontou... Até se ter lesionado. A história de Rubio resume a época dos Timberwolves: lesões que não permitiram ir mais longe. A verdade é que com Kevin Love a liderar as tropas, Ricky Rubio, Luke Ridnour, Derrick Williams, Michael Beasley e Nikola Pekovic como suportes, os Wolves estiveram na discussão por um lugar nos Playoff. Mas as lesões aconteceram todas ao mesmo tempo, deitando por terra os sonhos dos adeptos de Minnesota. Ricky Rubio acabou a época com uma lesão no joelho enquanto Kevin Love, Luke Ridnour, Michael Beasley, JJ Barea, todos falharam jogos lesionados. A época acaba como desapontante mas a verdade é que as perspectivas futuras para os Wolves são realmente entusiasmantes.

David Stern - é muito difícil, em todos os anos de NBA, encontrar uma decisão tão mal justificada como a de David Stern em Dezembro. Na altura, Los Angeles Lakers, Houston Rockets e New Orleans Hornets concordaram em realizar uma troca de jogadores que faria Chris Paul chegar aos Lakers, Pau Gasol aos Rockets, e Lamar Odom, Luis Scola, Kevin Martin e Goran Dragic aos Hornets. Tudo ficou acordado e o acordo foi submetido a aprovação apenas como procedimento formal. Aí entrou David Stern, comissário da NBA, que vetou a troca, justificando essa decisão com "razões basquetebolísticas". Que razões são essas? Não deixar os Lakers aproveitar um bom negócio porque iriam ficar demasiado fortes. Sendo a liga responsável pelos Hornets, que não têm dono, David Stern achou por bem rejeitar esta troca para tornar a liga mais competitiva. De facto, são princípios lógicos e correctos, mas esses princípios não foram aplicados quando LeBron James, Chris Bosh e Dwyane Wade se juntaram nos Miami Heat, por exemplo. Para a história vai ficar que o comissário da NBA rejeitou que se juntasse Chris Paul, Kobe Bryant e Andrew Bynum na mesma equipa, quando o acordo foi concretizado satisfatoriamente por todas as partes, dizendo que ficavam com uma equipa demasiado forte.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

3MatchPoint de regresso

Depois de eu ter entrado na faculdade, e o blog ter estado parado de propósito, o 3MatchPoint vai voltar em força! Vou falar dos mesmos desportos mas de maneiras diferentes, não estejam à espera de aqui chegar e de ver apenas algumas notícias. O objectivo é ser diferente, haver mais interacção convosco e mostrar o desporto visto de dentro em vez de ser só algo superficial.

Estejam atentos, o blog vai estar activo e conto com as vossas visitas e participações!