sexta-feira, 20 de abril de 2012

NBA - "where amazing (and awful) happens"

Chegou a existir a verdadeira possibilidade de a NBA não arrancar este ano, mas, mesmo que tenha sido encurtada por causa do lockout, a temporada tem dado muito que falar e tem prendido os seus fãs. Desde equipas veteranas de quem não se esperava muito a equipas muito novas de quem se esperava ainda menos, têm sido várias as surpresas, tanto pela positiva como pela negativa.

As boas surpresas

Indiana Pacers - a grande surpresa da temporada. Para fazer uma simples comparação com o ano passado, os Indiana Pacers terminaram a época de 2010/2011 no oitavo lugar da conferência Este, o último de acesso aos Playoff. Este ano, embora a fase regular ainda não tenha terminado, os Pacers estão num impressionante terceiro lugar. Trata-se de mais uma equipa muito jovem, liderada por um treinador irreverente como Frank Vogel, e que está, finalmente, a atingir o seu potencial. Com Danny Granger a realizar mais uma época muito consistente e a ser a peça mais importante de Indiana, os Pacers têm visto jovens jogadores a subir muito o seu rendimento. Exemplo disso é a produção de Paul George, George Hill e Roy Hibbert. Aliado a esse facto estão as contratações muito pertinentes de Leandrinho Barbosa e David West, que vieram dar a experiência que faltava aos Pacers.

San Antonio Spurs - foram muitos os experts a riscar os Spurs das suas listas de equipas perigosas para esta época. As razões para isto? Um plantel supostamente velho, já com pouca energia, sem capacidade para jogar de igual para igual com equipas como os Heat, Bulls ou Thunder. Mas a verdade é que Tim Duncan e companhia estão a fazer mais uma época de grande nível, surpreendendo tudo e todos, tendo 45 vitórias para apenas 16 derrotas. O veteraníssimo treinador Gregg Popovich continua a dar cartas com uma gestão fantástica do seu plantel, fazendo coexistir os 'antigos' Tony Parker, Manu Ginobili e Tim Duncan com jovens valores como Kawhi Leonard, DeJuan Blair e Tiago Splitter. A grande questão prende-se com a frescura física dos três jogadores mais influentes para os Playoff, mas a sua experiência fala mais alto nestes momentos e são uma equipa muito perigosa para a oposição.

As más surpresas

Minnesota Timberwolves - depois do período de reconstrução por que os Timberwolves tiveram de passar, era geral o entusiasmo para ver como iria ser a temporada desta equipa. Como é sabido, o burburinho pela chegada de Ricky Rubio era muito. E o jovem espanhol não desapontou... Até se ter lesionado. A história de Rubio resume a época dos Timberwolves: lesões que não permitiram ir mais longe. A verdade é que com Kevin Love a liderar as tropas, Ricky Rubio, Luke Ridnour, Derrick Williams, Michael Beasley e Nikola Pekovic como suportes, os Wolves estiveram na discussão por um lugar nos Playoff. Mas as lesões aconteceram todas ao mesmo tempo, deitando por terra os sonhos dos adeptos de Minnesota. Ricky Rubio acabou a época com uma lesão no joelho enquanto Kevin Love, Luke Ridnour, Michael Beasley, JJ Barea, todos falharam jogos lesionados. A época acaba como desapontante mas a verdade é que as perspectivas futuras para os Wolves são realmente entusiasmantes.

David Stern - é muito difícil, em todos os anos de NBA, encontrar uma decisão tão mal justificada como a de David Stern em Dezembro. Na altura, Los Angeles Lakers, Houston Rockets e New Orleans Hornets concordaram em realizar uma troca de jogadores que faria Chris Paul chegar aos Lakers, Pau Gasol aos Rockets, e Lamar Odom, Luis Scola, Kevin Martin e Goran Dragic aos Hornets. Tudo ficou acordado e o acordo foi submetido a aprovação apenas como procedimento formal. Aí entrou David Stern, comissário da NBA, que vetou a troca, justificando essa decisão com "razões basquetebolísticas". Que razões são essas? Não deixar os Lakers aproveitar um bom negócio porque iriam ficar demasiado fortes. Sendo a liga responsável pelos Hornets, que não têm dono, David Stern achou por bem rejeitar esta troca para tornar a liga mais competitiva. De facto, são princípios lógicos e correctos, mas esses princípios não foram aplicados quando LeBron James, Chris Bosh e Dwyane Wade se juntaram nos Miami Heat, por exemplo. Para a história vai ficar que o comissário da NBA rejeitou que se juntasse Chris Paul, Kobe Bryant e Andrew Bynum na mesma equipa, quando o acordo foi concretizado satisfatoriamente por todas as partes, dizendo que ficavam com uma equipa demasiado forte.

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